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Mostrando postagens de agosto, 2014

Ainda sinto o cheiro de estrume

Toda segunda e terça saio da Escola Municipal e vou direto para a Escola Estadual. Elas são relativamente próximas, mas meu sedentarismo aliado ao sol do meio dia me impedem de fazer esse percurso a pé. Não há ônibus que faça o trajeto que preciso. Apenas uma van. Para pegá-la, fico sob uma árvore esperando. Essa semana, uma senhora passou por mim enquanto eu esperava e comentou: "Essa árvore cheira estrume, não acha?" Então, pela primeira vez, eu me atentei ao odor que estava ao meu redor. Sento ali, duas vezes por semana por aproximadamente vinte minutos e nunca tinha me atentado àquele cheiro estranho que me rodeava. Me diga: como pode um ser humano dotado de habilidades sensoriais variadas e de um olfato apurado não se indignar com o ruim? Aquilo não lhe causar estranhamento, insatisfação, reação e repulsa? Penso, então, no que vivemos, professores e alunos, em algumas escolas da Rede Municipal. Escola sucateada: sem porta, com salas de aula sem luz, sem vidro em vá